sábado, 20 de janeiro de 2024

Alergia ao ovo: sintomas, tratamento e como prevenir

A alergia ao ovo é uma resposta exagerada do sistema imunológico contra as proteínas presentes no alimento e ocorre quando o organismo as interpreta como perigosas. É a segunda principal causa de alergia alimentar em bebês e crianças e provoca sintomas como vermelhidão e coceira na pele e diarreia, náuseas e vômitos, que podem variar de acordo com a idade. 

Causas

O erro de resposta do sistema imunológico que provoca a alergia ao ovo pode ocorrer por predisposição genética e por fatores ambientais. Dentre os fatores ambientais ressaltam-se aqueles atrapalham o estabelecimento de uma regulação imunológica, como: 

  • Uso indiscriminado de antibióticos
  • Consumo de alimentos ultraprocessados
  • Dietas pouco diversificadas 
  • Retardar a introdução do ovo na alimentação da criança

Sinais

Os sintomas da alergia ao ovo variam de acordo com a idade e podem surgir alguns minutos ou muitas horas após o consumo do ovo — o que pode dificultar o diagnóstico da alergia. Os principais sintomas são:

  • Urticária
  • Vermelhidão e coceira na pele
  • Diarreia
  • Náusea e vômitos
  • Sangramento nas fezes 
  • Coriza
  • Tosse seca

Em alguns casos, a pessoa pode apresentar uma reação alérgica aguda, conhecida como anafilaxia, que exige ajuda médica imediata e é potencialmente fatal. Os sintomas que indicam a anafilaxia incluem inchaço nas partes moles do corpo (como boca e glote) e falta de ar. 

Diagnóstico

O diagnóstico de alergia ao ovo é feito a partir de uma história clínica minuciosa que identifica os sintomas apresentados. A depender do mecanismo da reação, identificado pelo médico, testes alérgicos de sangue ou cutâneos também são indicados como auxiliares para diagnóstico, bem como dietas de restrição do alimento seguidas de reexposição, sempre sob orientação médica. 

Em caso de dúvidas no diagnóstico e de risco de reações imediatas, pode ser necessário um teste de provocação oral, em que o paciente ingere uma pequena quantidade do alimento, em ambiente preparado para possíveis reações graves, para que o especialista observe os sintomas. 

Tratamento

Pessoas com alergia ao ovo devem evitar o contato com a proteína que causa a reação. Além disso, é necessário a prescrição de um plano de emergência pelo médico para controle dos sintomas caso o paciente tenha contato com o alérgeno. 

Em casos mais críticos, não havendo contraindicações, pode ser considerada a imunoterapia oral, que consiste em uma tentativa de forçar o sistema de defesa a tolerar a proteína, inserindo doses mínimas e crescentes do alérgeno na dieta do paciente. Porém, essa abordagem pode apresentar riscos e nem sempre é garantida a ingestão livre do alimento. 

Pessoas com alergia ao ovo podem tomar vacina? 

A vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e a vacina da gripe (Influenza) estão liberadas para todas pessoas alérgicas ao ovo, independentemente da gravidade da alergia. Contudo, é importante que a aplicação do imunizante seja feita em um ambiente seguro, com supervisão médica.

A vacina contra febre amarela, que também contém a proteína do ovo, deve ser avaliada por um especialista e protocolos de vacinação fracionada, com aplicação de uma dose menor do imunizante, podem ser considerados. 

Prevenção

A prevenção da alergia ao ovo envolve alguns fatores protetores importantes para a regulação do sistema de defesa, como parto normal, aleitamento materno, dieta saudável e diversificada e contato com a natureza. Além disso, é indispensável que, durante a introdução alimentar, alimentos potencialmente alergênicos sejam oferecidos o quanto antes para evitar que o bebê desenvolva a alergia. 

“O ovo é ofertado primeiro a gema, pois é ela que desencadeia o processo alergênico e, no dia seguinte, a clara a partir de então. Caso não tenha ocorrido nenhum processo de alergia, se começa a ofertar os dois juntos”, indicou a nutricionista Michelle Ferreira.



Fonte: Minha Vida