quinta-feira, 23 de março de 2023

Poluição afeta a saúde mental, aponta estudo

Já se sabem dos riscos da poluição para a saúde como problemas respiratórios, tosse crônica e até doenças cardíacas. Agora, um estudo publicado no jornal científico americano Jama Network aponta que além de prejudicar fortemente os pulmões, a poluição afeta a saúde mental, especialmente em idosos. A pesquisa também indica que a depressão na terceira idade é uma preocupação quase tão grande quanto a demência. Continue lendo e entenda!


Poluição afeta a saúde mental: Detalhes do estudo 

O estudo foi feito por pesquisadores de Boston e da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e aponta que, após os 64 anos, idosos que moram em locais poluídos apresentam um risco maior de desenvolver depressão quando comparados àqueles que vivem sob ar puro. Isso acontece porque a má qualidade do ar prejudica os pulmões e a atividade neural, especialmente daqueles que já têm mais idade. Portanto, a poluição tem o efeito de prejudicar as comorbidades físicas, que por sua vez, afetam a saúde mental, desencadeando quadros de depressão e ansiedade. 

Os principais compostos poluentes são poeira e fumaça, caracterizadas como material particulado fino, e dióxido de nitrogênio, substâncias liberadas pelos automóveis e outras atividades da cidade. Como resultado, de acordo com a pesquisa, estima-se que os custos anuais relacionados à depressão nos Estados Unidos atingiram US$ 27,4 milhões por 1 milhão de idosos.


Ainda que esses dados encontrados pelos pesquisadores não indiquem necessariamente uma relação de causa e efeito, outras pesquisas também focam no potencial inflamatório das partículas da poluição. É o caso de um estudo conduzido na China com mais de 390 mil adultos durante 11 anos. Como resultado, a pesquisa concluiu que as pessoas que conviviam sob um ambiente poluído tinham mais chances de desenvolver variações psicológicas.


Diminuindo as consequências da poluição na saúde

Por fim, para minimizar os impactos da poluição à saúde, Marcella Garcez, segundo a médica nutróloga, explica que é necessário:

  • Preferir alimentos cultivados sem agrotóxicos;
  • Evitar alimentos embalados em plásticos com policarbonato A (essa informação está no rótulo);
  • Não colocar potes plásticos no micro-ondas, nem em contato com alimentos e líquidos aquecidos, que não sejam indicados para isso, pelo fabricante;
  • Evitar comprar mamadeiras que não tenham selo do Inmetro;
  • Não comprar embalagens em mau estado e latas amassadas, pois toxinas podem entrar em contato com os alimentos.

Fonte: Jama Networking.