Mandioca, macaxeira ou aipim? Não importa como a raiz é chamada na sua região. Ela é rica em carboidratos e tem as maiores concentrações de nutrientes. Substituta oficial da batata, tem uma consistência mais macia e pode ser servida frita, cozida ou ensopada. A enorme variedade depende apenas da criatividade de quem prepara. Mas, você conhece os benefícios da mandioca?
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o país é o segundo maior produtor de mandioca do mundo. E é por isso que o tubérculo não pode faltar no prato dos brasileiros.
Assim, o alimento teve origem na América do Sul e ficou conhecido com diferentes nomes. Mas o que importa mesmo é a composição nutricional: fonte de vitamina C e B1, rica em potássio, em fibras, folato e resveratrol. Além de altamente energético.
Na hora da compra, observe se a raiz tem cor uniforme – branca ou amarela, conforme a qualidade. Mas, nunca cinza. Assim, recuse as que apresentarem manchas ou estrias escuras, e um segredo para deixa-las macia é mantê-las imersa na água do cozimento até o momento de servir.
Benefícios da mandioca
- Auxilia na contração muscular
- Previne anemia
- Ajuda na absorção de nutrientes no intestino
- Melhora o sistema imunológico
- Auxilia no combate ao câncer
- Ação anti-inflamatória
- Reduz colesterol
- Antioxidante
- Fortalecimento dos cabelos
- Neutraliza doenças oftalmológicas
- Por fim, melhora movimento de articulações
Valor nutricional da mandioca (pedaço médio):
- Calorias: 125
- Carboidratos: 30,1 g
- Proteínas: 0,6 g
- Gorduras totais: 0,3 g
- Gorduras saturadas: 0,1 g
- Fibra alimentar: 1,6
- Sódio: 1mg
Se engana quem pensa que só mandioca branca é comestível: existem mais de 10 tipos de mandioca de mesa, como a mandioca rosada, a guaíra, a tapioqueira, arari, formosa, jarí, kiriris, mulatinha, dourada e prata. Ou seja, dessas variações também se obtém o polvilho doce, usado para diversas receitas de doces e panificação.
Alegria dos celíacos
Por ser livre de glúten, a mandioca é queridinha de outra parcela da população, os portadores de doença celíaca – estima-se que sejam 2 milhões só no Brasil. Além disso, graças a seus derivados como a farinha e o polvilho, os celíacos conseguem ampliar o limitado cardápio de quem não pode ingerir a proteína que dá as caras no trigo, por exemplo.
Farinha de mandioca
A farinha de mandioca é feita ralando e secando o vegetal. Esta farinha é livre de glúten, grãos e nozes. Assim, é mais parecida com a farinha branca e pode aparecer como substituta da farinha de trigo em receitas.
Tem um sabor neutro e é facilmente digerível. Além disso, é mais baixa em calorias que as farinhas de coco ou amêndoas.
A farinha de mandioca consiste principalmente de carboidratos. Semelhante à farinha de tapioca, fornece amido resistente, que oferece diversos benefícios ao sistema digestivo. Além disso, algumas pesquisas sugerem que o teor de amido resistente nessa farinha pode diminuir os níveis de açúcar no sangue e melhorar a sensibilidade à insulina.
Como a farinha de mandioca pode ser usada sozinha em produtos alimentícios, é menos provável que ela seja contaminada.
No entanto, é sempre importante observar onde o produto foi processado.
Mandioca engorda?
A mandioca é sabidamente rica em carboidratos, por isso é tão associada ao ganho de peso.
No entanto, nenhum alimento isolado é capaz de fazer uma pessoa engordar ou emagrecer: para que cause diferença na balança, ela tem de ser consumida em excesso e dentro de uma dieta rica em outros alimentos calóricos e ricos em carboidratos simples.
Para que faça bem à saúde, o ideal é que a mandioca faça parte de plano alimentar saudável e equilibrado, substituindo outras fontes de carboidrato como batata, arroz e macarrão.
A quantidade ideal é em média 150 gramas por dia, mas esse valor pode variar de acordo com a dieta e o estilo de vida de cada um.
Envenenamento
O consumo da mandioca crua pode causar envenenamento por cianeto. Vômito, tontura, enjoo, dores no estômago, e cabeça e até inchaço na glote. O composto tóxico é encontrado na casca e um corte pode causar a ruptura de células que liberam o veneno. O mais seguro é cozinhar a mandioca antes do consumo e descascar a raiz mergulhada em água.
Fonte: Vitat