O iodo é um mineral que se faz necessário para a produção da síntese de hormônios da tireoide, os quais são responsáveis pela correta regulações das funções do organismo. Em caso de deficiência de iodo, pode ocorrer bócio (aumento fora do normal da glândula com formato de borboleta localizado abaixo do pomo de Adão).
Já em excesso no organismo, o iodo pode até mesmo causar intoxicação. O funcionamento normal da glândula da tireoide é dependente da presença em quantidade adequada do iodo. Esta glândula sintetiza os hormônios tiroxina (T3) e triiodotironina (T4). Ambos os hormônios referidos possuem múltiplas funções no organismo humano.
Dentre as principais funcionalidades do T3 e do T4, estão suas atuações no crescimento físico e no neurológico, bem como no metabolismo basal, na manutenção da temperatura do corpo e do controle do metabolismo da oxidação celular, dos lipídios, dos hidratos de carbono, das proteínas, da água e de alguns minerais. O iodo, por sua vez, também é um importante aliado do bom funcionamento de alguns órgãos humanos: o coração, os ovários, os rins e o fígado são alguns que podem ser elencados.
POR DENTRO DOS BENEFÍCIOS DO IODO
CRESCIMENTO FÍSICO E NEUROLÓGICO
O minério iodo é fundamental para o correto funcionamento da glândula da tireoide, à qual sintetiza os hormônios que atuam no crescimento físico e também no neurológico. Em outras palavras, é preciso saber que um bom consumo (adequado e sem excessos) de iodo permite um crescimento saudável de cabelo e unhas.
PROMOVEM O FIM DE TOXINAS
O iodo também é importante para ajudar a eliminar as toxinas presentes no corpo. O minério é, especificamente, combativo contra alguns produtos químicos nocivos, como chumbo, flúor e mercúrio.
IODO COMO ALIADO DO METABOLISMO:
O minério é imprescindível para a síntese de hormônios da tireoide. Estes hormônios agem em prol do metabolismo basal, dos lipídios, dos hidratos de carbono, das proteínas, da água e de alguns minerais, auxiliando também no equilíbrio da temperatura corporal.
SUA FUNÇÃO COMO AMIGO DE ÓRGÃOS:
Como são fundamentais para a síntese dos hormônios tireoidianos, os índices de iodo presentes no corpo auxiliam na regulação do ritmo cardíaco e da pressão arterial. É por causa disso, por exemplo, que o mineral é também um importante aliado para o funcionamento correto do fígado, dos rins e dos ovários.
QUANTIDADES ADEQUADAS DE IODO
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a quantidade média diária de consumo de iodo pode variar de acordo com a idade do consumidor. Para criança entre 0 1 ano, são 90 microgramas por dia. Do 1 aos 6 anos, deve-se consumir 90 mcg por dia. Dos 7 aos 12 anos, a dose diária deve aumentar para 120. A partir dos 13 anos, em adolescentes e adultos, o consumo diário ideal é de 150 mcg diários. O aumento é necessário para gestantes e lactantes: é preciso que elas consumam certa de 200 mcg por dia durante essa etapa da vida.
E QUANDO O IODO É DEFICITÁRIO NO ORGANISMO?
Quando o consumo de iodo não é suficiente, o corpo se manifesta através de doenças, como hipotireoidismo, problema que faz com que a glândula da tireoide não produza hormônios em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo. Outra doença é o bócio endêmico, que representa o aumento fora do normal da glândula da tireoide, dentre outros problemas mais graves, como deficiência mental, aumento da mortalidade infantil e também a infertilidade.
Extremamente nociva, a falta de iodo ao organismo atinge os tecidos da pele, da retina, da próstata, bem como afeta a mucosa gástrica, o sistema imunológico e outras funções, gerando nódulos e cistos não só na tireoide, como nas mamas, útero, ovário e próstata.
Em razão disso, faz-se obrigatório o adicional de quantidade mínima de iodo em sal industrial para cozinha, como forma de suplementação básica. Infelizmente, porém, o iodo tem um ponto de ebulição muito baixo.
Quando deficitário, o iodo se torna um problema significativamente preocupante para mulheres grávidas, uma vez que, neste período, é imprescindível que a glândula da tireoide trabalhe adequadamente. Sua necessidade é reforçada durante as doze primeiras semanas de gestação, momento em que alguns hormônios da gestante caem e outros passam a ser produzidos pelo corpo, bem como a placenta passa a ser formada e o bebê a caminho desenvolve seus principais órgãos.
Uma desatenção com relação ao hipotireoidismo pode ter como consequência o parto prematuro, defeitos neurológicos, QI abaixo do natural, surdez ou, em alguns casos, até mesmo o aborto do feto.
HORA DE SUPLEMENTAR AS QUANTIDADES DE IODO
É necessário fazer exames de rotina com um médico, como clínico geral, ginecologista ou endocrinologista, para conferir se as quantidades de iodo estão adequadas no organismo. Se estiverem deficitárias, o minério pode ser suplementado.
Isso é perfeitamente normal para mulheres grávidas ou em fase de amamentação, uma vez que os organismos delas respondem mesmo de uma maneira a necessitar de mais iodo do que o corpo naturalmente fabrica, e os rins eliminam mais, além da necessidade de se transferir o minério para o bebê.
Em muitos casos, uma alimentação correta e balanceada já é o suficiente para que as grávidas suplementem o iodo deficitário de seu organismo. Carne vermelha, leite e derivados, gema de ovo, óleo de peixe, castanha-do-pará e algas marinhas são alguns dos alimentos que possuem iodo em boas quantidades.
Pacientes veganos (aqueles que não consumem carne nem outros alimentos de origem animal) podem encontrar dificuldades na busca por alimentos com o minério: existem opções, como laranjas, sal iodado e algas ricas na substância, mas mesmo assim, é recomendável a suplementação. Neste caso, a melhor dica é procurar um médico nutrólogo.
QUANDO O IODO É CONSUMIDO EM EXCESSO?
Os problemas que podem acontecer em decorrência do consumo excessivo de iodo se dão quando existe uma presença, por exemplo, 400 vezes maior do que a diária indicada, no organismo humano. Alguns dos problemas já citados em decorrência deste excesso, por exemplo, pode ser o bócio e o hipotireoidismo.
Fonte: Nature Center