6 Superalimentos


Não é preciso gastar fortunas em alimentos saudáveis, mas exóticos. O melhor para sua saúde pode estar bem perto de você.

1. Feijão

Entre as leguminosas, há lentilhas, feijão-preto, feijão-vermelho, grão-de-bico e muitos outros. Os nutricionistas afirmam que elas têm um equilíbrio perfeito de fibras, proteínas e carboidratos complexos. Além disso, um estudo de 2016 da Universidade de Sorbonne, em Paris, constatou que a fibra alimentícia dos feijões reduzia o risco de câncer de próstata.


Por ser uma ótima fonte de proteína, é possível usar o feijão para reduzir o consumo de carne. A Organização Mundial da Saúde avisou, em 2015, que as carnes vermelhas e processadas podem aumentar a incidência de vários cânceres, como o colorretal. Esse é o terceiro câncer mais comum do mundo. Substitua parte da carne por feijão em sopas e guisados sugere. O feijão libera sua energia lentamente, o que é bom para a glicemia e o controle do apetite, e ajuda a controlar o peso. Não ignore o feijão!


2. Nozes

Essas usinas nutritivas são um alimento básico da dieta mediterrânea, associada à longevidade. As nozes podem evitar algumas doenças cardiovasculares, o recomendado é um punhado diário de nozes sem sal.

Essa recomendação é reforçada por uma pesquisa de 2016, realizada no Reino Unido e na Noruega, que mostra que, comparados aos que não comiam nozes, os que ingeriam 28 g (um punhado) por dia reduziram em quase 30% o risco de doença coronariana. A razão: as nozes e a manteiga de nozes são fonte de gorduras insaturadas, que ajudam a baixar o colesterol.

No caso da manteiga de nozes, escolha a natural, sem adição de sal nem açúcar. E, para um lanche saboroso ou acompanhamento em saladas e pratos com arroz, toste as nozes rapidamente na panela com molho de soja.

3. Mirtilo (e outras frutas vermelhas)

O dano celular causado pela oxidação foi ligado ao câncer e a outras doenças. Como têm muitos antioxidantes, os mirtilos podem prevenir o dano celular oxidativo. O açaí, o morango e a uva roxa também contêm alto nível desses antioxidantes.

Os mirtilos são bons para o coração graças às antocianinas, que dão cor à fruta. Num estudo publicado em 2015 pela revista americana Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, 48 mulheres pós-menopausa, nos primeiros estágios da hipertensão, consumiram um pó de mirtilos congelados em quantidade equivalente a uma xícara das frutas frescas ou placebo durante oito semanas. A pressão arterial das que usaram o pó de mirtilo baixou de forma significativa.

Embora sejam necessárias mais pesquisas, nosso resultado indica que, para mulheres com hipertensão, comer pelo menos uma xícara diária de mirtilos pode ser tão eficaz para baixar a pressão quanto os medicamentos, diz ela acrescentando que outros estudos mostram que os mirtilos podem baixar a pressão dos homens.

Em 2013, um estudo britânico concluiu que, das cerca de 93.000 mulheres de 25 a 42 anos acompanhadas por dezoito anos, as que comeram pelo menos três porções de meia xícara por semana de mirtilos e morangos misturados tiveram probabilidade 34% menor de sofrer infarto. Acrescentar à alimentação qualquer quantidade de mirtilos é benéfico e os mirtilos congelados podem ser consumidos o ano inteiro, costumam ser tão nutritivos quanto os frescos.

4. Kefir

O kefir, além de riquíssimo em cálcio para os ossos, pode baixar o colesterol, melhorar a imunidade e prevenir o desenvolvimento de alergias.

São necessárias mais pesquisas para assegurar que esses benefícios ocorrem em seres humanos, mas é possível que o kefir seja um dos alimentos mais saudáveis. Esse laticínio é probiótico, ou seja, contém micróbios ou bactérias saudáveis, e há tempos se acredita que faça muito bem à saúde, inclusive por ser anti-inflamatório.

Agora essas suposições estão sendo comprovadas graças à revolução da microbiologia intestinal nos últimos quinze anos, com as informações trazidas pela nova tecnologia genética. Os micróbios do intestino saudável, numerosos no kefir, matam os micróbios patogênicos, desenvolvem o sistema imunológico, causam impacto no humor, na cognição, na saúde gastrointestinal… e a lista não para por aí.

O kefir não é tão denso quanto o iogurte, tem sabor mais ácido e, em geral, contém maior variedade de bactérias. Na maioria dos iogurtes, as bactérias costumam ser apenas dos tipos Streptococcus thermophilus e Lactobacillus bulgaricus, cujas propriedades para a saúde não são bem conhecidas. O kefir tem uma variedade maior de microrganismos, como o Lactobacillus kefirinofaciens, cujos benefícios à saúde são mais claros.

6. Chá-verde

Um estudo japonês com 90 mil participantes durante dez anos, publicado em 2016 na revista Cancer Science, verificou que quem tomava muito chá-verde corria menos risco de determinados cânceres, como o de vesícula e dutos biliares. A razão pode ser um tipo de antioxidante polifenólico abundante no chá-verde.

Também já se ligou o chá-verde à saúde cerebral. Um estudo de laboratório feito em 2012 na Universidade de Basileia, publicado na revista European Journal of Clinical Nutrition, mostrou indícios de que o chá-verde promove a atividade na parte do cérebro responsável pela memória de trabalho, que tende a se reduzir com a idade.

O chá-verde pode ter mais polifenóis benéficos do que o chá-preto, mas ambos fazem bem. Eles estão entre as plantas com maior teor de polifenóis! Já se comprovou que ambos ajudam a prevenir doenças cardiovasculares. Para experimentar algo diferente, tome o chá gelado com menta fresca e talvez fatias de frutas.



7. Aveia

Não é novidade que a aveia baixa o nível do LDL (colesterol “ruim”) e melhora a saúde cardíaca. Pesquisadores da Universidade de Toronto examinaram 58 estudos clínicos com quase 4 mil pessoas no mundo inteiro e verificaram que a aveia de qualquer tipo baixou não apenas o colesterol LDL como também o não HDL (colesterol total menos o tipo HDL saudável) e a apoB (apolipoproteína B, que transporta o colesterol ruim pelo sangue).

Vladimir Vuksan, professor de Medicina que encabeçou o estudo, diz que esse benefício surgiu com o consumo de 3,5 g por dia de beta-glucano, uma fibra solúvel do farelo de aveia. Ele afirma que seria difícil consumir todo esse beta-glucano comendo apenas aveia. Uma xícara de aveia cozida contém cerca de 1,5 g da fibra, e seriam necessárias mais de duas xícaras de aveia, o que talvez não seja bom devido ao teor de carboidratos (uma alimentação rica em carboidratos pode provocar picos de glicose). Portanto, simplesmente acrescente farelo de aveia aos alimentos. É fácil de encontrar e pode ser polvilhado em saladas, além de utilizado em pães e bolos.

Prefira a aveia laminada. Esse tipo demora mais para elevar a glicemia do que a aveia instantânea.



Fonte: Terra