segunda-feira, 17 de junho de 2024

Peeling de fenol: o que é, para que serve, como é feito e riscos

Peeling de fenol é um tratamento estético em que é aplicado um ácido sobre a pele capaz de penetrar em camadas mais profundas da pele, sendo indicado para o rejuvenescimento facial e suavizar rugas ou linhas de expressão, pois estimula a produção de colágeno e aumenta a firmeza da pele.

O peeling de fenol é mais intenso e agressivo do que outros peelings, por isso, só deve ser feito pelo dermatologista ou cirurgião plástico no hospital, após avaliação do estado de saúde e com monitorização cardíaca durante o procedimento, uma vez que existe o risco de causar complicações cardíacas.

Os critérios para aplicar o peeling de fenol podem compreender tanto a idade do paciente, como a área a ser tratada, o grau de fotoenvelhecimento, os objetivos com o tratamento, os fatores de risco de cada pessoa e o fototipo, sendo a pele mais clara a mais indicado para esse tipo de procedimento.

Para que serve

O peeling de fenol serve para:

  • Rejuvenescimento facial;
  • Uniformizar a pele;
  • Eliminar as manchas;
  • Diminuir a flacidez;
  • Eliminar cicatriz de acne;
  • Suavizar rugas e linhas de expressão.

O peeling de fenol deve ser feito pelo dermatologista ou cirurgião plástico, de acordo com o objetivo do tratamento.

Como funciona

O peeling de fenol provoca uma queimadura química na pele, que resulta em inflamação e descamação da pele, além de estimular a produção de colágeno.

Esse tipo de peeling só deve ser feito com indicação e acompanhamento do dermatologista ou cirurgião plástico, após avaliação do estado de saúde.

Além disso, o peeling de fenol deve ser feito em ambiente hospitalar quando usadas concentrações maiores do ácido, ou também pode ser feito no consultório quando o ácido é usado em concentrações menores e apenas em algumas regiões da face.

Em todos os casos, o médico deve monitorar o coração através de aparelhos, pois o peeling de fenol pode causar complicações cardíacas.

Preparo para o peeling de fenol

Para se preparar para o peeling de fenol, deve-se:

  • Informar o médico se tem algum problema no coração, rim ou fígado, ou teve problemas relacionados a quaisquer procedimentos cosméticos feitos no passado;
  • Fazer exames de sangue e eletrocardiograma, conforme indicado pelo médico;
  • Evitar a exposição ao sol, aplicando protetor solar diariamente, pelo menos quatro semanas antes do peeling, para ajudar a prevenir a pigmentação irregular em áreas a serem tratadas. Confira qual o melhor protetor solar para cada tipo de pele;
  • Evitar tratamentos estéticos, como microagulhamento, carboxiterapia ou até mesmo outros peelings mais brandos, como o ácido mandélico por exemplo, para que a pele não fique tão exposta e com risco de apresentar manchas;
  • Evitar depilação com cera ou lâmina, na semana anterior ao tratamento, para não lesionar a pele e provocar manchas, após aplicação do fenol;
  • Evitar esfoliar a pele na semana anterior, para manter a pele íntegra e não apresentar prejuízo após aplicação do ácido.

O uso de medicamento contínuo ou o acompanhamento de um tratamento recente, principalmente aqueles que tornam a pele mais sensível ao sol, deve ser informado ao médico para evitar interações ou piorar a recuperação, após o procedimento.

Peeling de fenol dói?

O peeling de fenol dói sendo por isso feito com anestesia no hospital, que pode ser anestesia local e sedação ou anestesia geral.

Após o procedimento, também é comum sentir dor por horas, além de inchaço no rosto o dia seguinte à aplicação do ácido.

Como é feito

O peeling de fenol é realizado pelo dermatologista ou cirurgião plástico, sob condições cuidadosamente monitoradas e em ambiente hospitalar.

Para fazer o peeling de fenol, o médico deve seguir alguns passos:

  • Conectar o monitor cardíaco através de eletrodos colocados no tórax, para monitorar a frequência cardíaca durante o procedimento;
  • Realizar a assepsia da pele do rosto;
  • Aplicar a anestesia local e sedação ou anestesia geral;
  • Aplicar o fenol em uma pequena região do rosto, respeitando o intervalo de, aproximadamente, 15 minutos em cada região;
  • Aplicar água para neutralizar o fenol;
  • Passar uma camada de pomada sobre a pele, fita adesiva ou gaze medicada, para evitar ressecamento ou dor.

A aplicação do fenol é feita com algodão ou gaze, sem realizar movimentos vigorosos, pois pode ocorrer uma penetração mais rápida do ácido, podendo acarretar em uma intoxicação.

O procedimento facial completo pode demorar cerca de 90 minutos.

Antes e depois do peeling de fenol

Existe uma diferença significativa da pele antes e depois da aplicação do ácido.

Depois do peeling com fenol, pode-se verificar uma grande melhora na aparência das áreas tratadas, revelando uma nova camada de pele lisa, proporcionando um rejuvenescimento importante.

Após a cicatrização estar completa, a pele fica mais clara e luminosa, menos flácida e a aparência de rugas profundas e pigmentação severa é notadamente reduzida.

Embora os resultados possam durar décadas, fazendo a pessoa parecer mais jovem, eles podem não ser permanentes. À medida que se envelhece, os sinais do tempo vão ser mais evidentes e colaborar para o surgimento de novas linhas de expressão, além de danos causados ​​pelo sol, que podem reverter seus resultados e causar alterações na cor da pele.

Como é a recuperação

Por ser um tratamento muito profundo, que resulta em vermelhidão, descamação intensa, inchaço na face e sensação de queimação, o peeling de fenol apresenta uma recuperação longa e desconfortável, em comparação com os outros tipos de peeling, podendo durar cerca de 3 meses para uma restauração completa da pele.

Cerca de 1 semana a 15 dias após o procedimento a pele começa a descamar e se soltar.

A recuperação inicia logo após o procedimento, sendo necessária a observação e avaliação rigorosa da pessoa pelo médico nas primeiras 4 horas.

Cuidados após o peeling de fenol

Após o peeling de fenol, deve-se ter alguns cuidados para a recuperação, como:

  • Ficar em casa nos primeiros 15 dias após o tratamento;
  • Evitar esfregar a pele ao lavar o rosto, fazendo movimentos como se fossem leves tapinhas;
  • Secar o rosto com uma toalha limpa e seca, apenas encostando a toalha no rosto, sem esfregar;
  • Aplicar compressas frias no rosto por 10 minutos a cada hora, nos 2 primeiros dias após o procedimento;
  • Dormir numa posição que ajude a reduzir o inchaço, evitando o contato direto do rosto com alguma superfície;
  • Aplicar o hidratante indicado pelo médico de 3 a 5 vezes por dia, para hidratar a pele e facilitar a cicatrização;
  • Fazer uso de medicações prescritas pelo médico, como analgésicos e pomadas antibióticas;
  • Não puxar a pele que está soltando e descamando.

Além disso, é essencial evitar a exposição solar por cerca de três meses após o peeling, pois a pele encontra-se sensível e sem a proteção necessária, sendo fundamental o uso de protetor solar indicado pelo médico com o mínimo FPS 30 antes de sair de casa e usar mesmo em dias nublados.

Além disso, é recomendado atentar-se a sinais e sintomas que podem surgir nos dias seguintes ao procedimento, como febre, coceira intensa ou presença de secreção, por exemplo e, se caso isso ocorra, é fundamental procurar ajuda para iniciar um tratamento imediatamente.

Qual o risco de peeling de fenol?

O peeling de fenol pode ser absorvido pela pele e causar problemas cardíacos, como arritmias ou parada cardíaca, uma vez que é um ácido cardiotóxico, ou seja, causa intoxicação nas células cardíacas.

Além disso, o peeling de fenol pode causar intoxicação no fígado e nos rins, danos na córnea, depressão respiratória e choque anafilático.

Por isso, o tratamento com o peeling de fenol deve ser feito somente pelo dermatologista ou cirurgião plástico experiente nesse tipo de procedimento, e em um hospital ou clínica, com estrutura para atender emergências e fazendo a monitorização cardíaca durante o tratamento.

Quem não deve fazer

A realização do peeling de fenol não é indicada em algumas situações, sendo as principais:

  • Gravidez e amamentação;
  • Problemas cardíacos, no fígado e/ou rins;
  • Pele morena ou negra;
  • Herpes ativa ou infecção bacteriana ou fúngica;
  • Problemas de cicatrização na pele;
  • Dermatite facial;
  • Uso de medicamentos fotossensibilizantes;
  • Problemas imunológicos;
  • Alergias aos componentes do peeling.

Além disso, pessoas que tenham feito tratamentos para o acne com isotretinoína nos últimos 6 meses também não devem optar por este tipo de peeling.

Este procedimento pode causar cicatrizes e mudanças na cor da pele, sendo o escurecimento da pele mais comum neste tipo de peeling. Por isso, é importante orientar-se a respeito dos possíveis efeitos e do resultado esperado.


Fonte: Tua Saúde