sábado, 27 de abril de 2024

Amora: Para que serve e benefícios

A Amora é bem conhecida como uma frutinha escura, entre tons vermelhos e pretos, muito saborosa! Mas a árvore que dá origem à essa fruta oferece ainda mais benefícios para nossa saúde: infusões e fitoterápicos da amoreira-preta amenizam sintomas da menopausa, como o famoso fogacho! Veja neste artigo quais para que serve a Amora, como tomar e muito mais!

 
O que é Amora?

A Amora é uma querida: além de ser uma frutinha deliciosa por si só, ela faz parte de receitas ainda mais gostosas: é protagonista de geléias, sucos, mousses; também é inclusa em cheesecakes, cucas, tortas e sorvetes. Até em cosméticos ela aparece!

O que muita gente não sabe é que o termo "amora" não é tão específico. Vamos explicar: A principal Amora para fins terapêuticos tem o nome científico Morus nigra, da família botânica Moraceae. Ela é nativa do Cáucaso, mas foi introduzida e naturalizada em outras regiões. Ela também foi levada para a Inglaterra, na tentativa de ser utilizada para a sericultura, mas o bicho-da-seda prefere as folhas da amoreira-branca (Morus alba), que é nativa da China e muito usada para esse fim. Existe também a amoreira-vermelha (Morus rubra), nativa do leste dos EUA.

Todas elas são amoras! E os frutos podem ser bem semelhantes dependendo do estado de maturação. Amora vem do latim "morum", que foi o nome para designar mesmo o fruto. Não podemos esquecer ainda de outras amoras: os frutinhos do gênero Rubus, nativos da Europa e Ásia. Também aparece no Brasil, com arbustos identificados no Sudeste e no Sul. É comum encontrar-se o nome amora miúra, que usualmente especifica a Morus nigra L., uma variação da amoreira-preta.

A espécie descrita aqui tem grande respaldo na medicina tradicional sobre seus efeitos medicinais, com grande aproveitamento de várias partes da planta: folhas, talos e raízes.

A amoreira-preta Morus nigra pode alcançar entre 5 a 20 metros de altura, com folhas grossas. E por ser tão aproveitável, os estudos avaliam o uso de suas diferentes partes, inclusive seus frutos. Felizmente, essa versatilidade consegue atender bem a nossa saúde, em especial do sexo feminino: aliva sintomas negativos da menopausa e da TPM.


 Amora miura nome cientifico arvore planta

Amora: para que serve
As plantas do gênero Morus apresentam compostos fenólicos, incluindo flavonóides, flavonas, isoflavonas e mais; sendo que parte desses compostos são chamados de fito-hormônios, que podem ajudar na regulação hormonal do corpo humano. No caso das folhas da amoreira-preta, o hormônio favorecido é o estrogênio — que por sua vez ajuda muito em quadros de menopausa e TPM.

Na fitoterapia, as partes aéreas da amoreira são utilizadas: folhas e talos. As frutas, que são drupas, oferecem muitos benefícios nutricionais para nossa saúde também e podem ser adicionadas à sua alimentação.

Em geral, seus componentes são:
  • Flavonoides
  • Ácido ascórbico
  • Ácidos graxos
  • Ácido málico
  • Aminoácidos
  • Caroteno
  • Sais Minerais
  • Taninos
  • Triterpenos
  • Frutose
  • Glicose
 A Amoreira possui ações:

  • Reguladora de hormônios femininos
  • Anti-inflamatória
  • Emoliente
  • Antibacteriana
  • Antioxidante
  • Diurética (leve)
  • Hipoglicemiante
 Ela é vendida na forma de cápsulas, extrato fluido, tintura e folhas para chá.


E quais são as indicações de uso da Amoreira?

As principais indicações do uso terapêutico da Amora se referem aos cuidados da saúde do sexo feminino, que exigem atenção em todas as etapas da vida — incluindo na meia-idade, quando vem o climatério.

Confira abaixo todas as opções de uso da Amora:

  • Alívio de sintomas negativos da menopausa (climatério), por exemplo fogachos
  • Alívio de sintomas da TPM
  • Diminuição de riscos de problemas cardiovasculares
  • Melhora sensível de sistema imunológico
  • Auxílio no tratamento de hipertensão (pressão alta)
  • Ajuda sensível em regimes de emagrecimento
  • Redução de riscos de osteoporose

O período da menopausa traz mudanças hormonais e emocionais, e é também quando as chances de osteoporose aumentam. Portanto, é importante que busquemos alternativas saudáveis para aliviar sintomas como ondas de calor e que não acarretem em consequências graves a longo prazo, como o desenvolvimento de câncer. Alguns dos sintomas negativos do climatério são:

  • Sensação de calor
  • Suores noturnos
  • Distúrbios do sono
  • Irritação
  • Cefaléia (dores de cabeça)

Certos componentes, como as isoflavonas presentes na Amora, tem certa semelhança com o estrogênio, um hormônio que acompanha o sexo feminino durante muitos anos de sua vida e prepara ciclos ovulatórios, ajuda o coração e mantém os ossos fortes. Porém, esse hormônio cai durante a menopausa e é por isso que pacientes buscam a reposição hormonal — ou acompanhamento com fitoterápicos.



Já que o estrogênio auxilia em muitas funções, como a mineração de ossos, o equilíbrio deste hormônio (por exemplo, com a ajuda de infusões e fitoterápicos de Amoreira), ajuda na redução de riscos de osteoporose, mesmo que não faça reposição de cálcio.

A diminuição de riscos de problemas cardiovasculares pode ser explicada pelo auxílio no tratamento de hipertensão através da diurese e por compostos antioxidantes e anti-inflamatórios que ajudam sensivelmente a condição de artérias; também ajudando os níveis de colesterol.

A rutina, que é um antioxidante em sua composição, também estimula o sistema imune, pois promove a produção de glóbulos brancos. Ela também é descrita como um composto com atividade anti-inflamatória, inibindo a enzima cicloxigenase.



Dosagem usual recomendada

A dosagem usual depende do quadro da sua saúde — que tipo de condição você está buscando tratar — e a forma que você prefere consumir a Amora. Afinal, esta planta é muito versátil e permite diferentes usos, por exemplo em cápsulas ou tintura. Converse com nossos fitoterapeutas sobre seu caso e não deixe a sua saúde de lado! Entre em contato com um de nossos fitoterapeutas clicando aqui. Assim, ficará mais fácil entender como tomar a Amora da melhor forma.

 

Amora e Melasma: há relação?

A melanina nada mais é que um pigmento do corpo que nos dá a nossa cor. É uma proteína que, além de oferecer essa pigmentação para pele, cabelos e até cor dos olhos, também evita danos de radiação solar. Peles negras têm maior quantidade de melanina, enquanto peles mais claras tem menor quantidade.

E quando somos expostos ao sol, nossa pele pigmenta mais ainda: é o nosso corpo reagindo — o que pode acontecer também com outros processos, como processos inflamatórios e irritativos.

Acne, foliculite, atritos e melasma são alguns dos processos que podem escurecer a pele, incluindo as peles negras.

O melasma ocorre por vários fatores: fatores hormonais, exposição solar e predisposição genética. No caso da questão hormonal, há indícios que infusões e fitoterápicos de Morus nigra podem oferecer ajuda!

Esses indícios foram encontrados em estudos variados da amoreira-preta na inibição da enzima tirosinase, cujo um dos produtos é a melanina. Ao que indica até o momento, a amoreira-preta tem antocianinas capazes de inibir essa enzima, ajudando no tratamento de melasma.

Mas ainda é cedo para afirmar de forma categórica, porque não há dose padronizada para uma recomendação específica, nem parte da planta determinada. Portanto, se você tem melasma e procura aliados para seu tratamento, não esqueça de investir em acompanhamento médico, protetor solar e acessórios para se proteger do sol.

A amora preta pode fazer parte da sua alimentação, assim como infusões e fitoterápicos; auxiliando parcialmente no melasma. Só não se esqueça que o tratamento envolve mais fatores!



Fonte: Oficina das Ervas