quinta-feira, 13 de abril de 2023

Emalte em gel, prós e contras

Esmalte em gel é prático, pois deixa as unhas bem feitas e coloridas por mais tempo. Mas, antes de marcar hora na manicure, convém você se informar sobre os detalhes do procedimento, contraindicações, cuidados e riscos – sim, porque a “mágica” para manter o esmalte impecável por cerca de quinze dias exige produtos e técnicas mais agressivos.

A seguir, a dermatologista Cristina Figueira de Mello, assistente do Ambulatório de Cabelos e Unhas do Hospital das Clínicas da UNICAMP e membro da American Academy of Dermatology, do Council for Nail Disorders e da European Nail Society, esclarece os detalhes do procedimento.

Uma das vantagens do esmalte em gel é o brilho intenso que deixa nas unhas

Quando usar esmalte em gel

Esmalte em gel contém agentes químicos que são ativados por meio de uma fonte de luz (LED ou UVA) e, assim, forma-se uma camada rígida na superfície da unha. “É uma boa opção para quem necessita permanecer com esmalte por um período grande, como em viagens prolongadas, e para quem rói unha, já que há uma melhora do aspecto da unha e a pessoa fica menos propensa a este hábito”, diz a Drª Cristina Figueira de Mello. Ela orienta, no entanto, que não se deve fazer do esmalte em gel uma rotina, pois os produtos e removedores podem deixar as unhas fracas e quebradiças. O ideal é dar um intervalo de duas a três semanas, entre uma sessão e outra, para que a unha se recupere.

Como é o procedimento

O preparo é igual ao da aplicação de esmalte convencional, lixa-se a unha e retira-se a cutícula. Então, a manicure passa nas unhas um produto chamado primer, que facilita a penetração do gel e sua fixação. Em seguida, aplica uma base em gel. A mão é levada a uma cabine de LED ou ultravioleta por alguns minutos. Depois disso, aplica-se a primeira camada do esmalte em gel com cor e a mão é novamente exposta à luz. Repete-se esse processo mais uma vez e, por último, a manicure usa um esmalte selador que reforça a fixação e o brilho. De novo, as unhas são levadas à cabine de luz.

  • Durabilidade: cerca de 15 dias 
  • Vantagens: seca instantaneamente e, além da durabilidade estendida, deixa um brilho intenso. 
  • Desvantagens: conforme a unha cresce, a base sem esmalte fica aparente. Além disso, para remover o esmalte é preciso utilizar produtos específicos, à base de acetona ou similares. As unhas devem ser embebidas ou imersas nessa solução por, pelo menos, 10 minutos. “Este processo causa desgaste, afinamento e desidratação das unhas, podendo levar a danos intensos e duradouros”, alerta a médica.
  • Cuidados: recomenda-se utilizar protetor solar nas mãos 20 minutos antes de se submeter ao procedimento ou usar luvas com proteção UV, que deixam os dedos de fora. Segundo a Drª Cristina Figueira de Mello, estudos mostram que o nível de exposição aos raios UVA durante a sessão de unhas em gel, se realizada a cada quinze dias, não é alto o suficiente para aumentar o risco de câncer de pele, mesmo assim, ela aconselha o uso de protetor solar ou de luva.

Contraindicações:

  • Unhas frágeis, pois as substâncias químicas do esmalte em gel e os produtos usados para a sua remoção são muito agressivos. “Pessoas com fragilidade intensa nas unhas podem ter a falsa impressão de que esse tipo de esmalte ajuda, já que ele se fixa melhor à unha, porém, a longo prazo, ocorre uma piora do quadro”, avisa a médica.
  • Pessoas com doenças das unhas (infecções, inflamações ou micoses).
  • Pessoas com doenças de pele (como lúpus e erupção polimorfa à luz) que causam sensibilidade aos raios ultravioleta.
  • Quem usa medicamentos fotossensibilizantes.
  • Pessoas em tratamento contra o câncer.
  • Crianças.

É importante diferenciar esmaltes em gel de esmaltes com efeito gel, que são aplicados da mesma forma que os esmaltes comuns. Por possuírem agentes plastificantes e resina fixadora natural que sela a unha, os esmaltes com efeito gel prometem maior durabilidade da cor e mais brilho que os esmaltes convencionais e têm a vantagem de ser menos nocivos que os esmaltes em gel.


Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia de São Paulo