As camisetas sem manga foram
abolidas do seu verão por vergonha das axilas? Muita calma nessa hora. Conheça
as causas do problema e saiba como evitá-lo!
Para quem mora em um país
tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza, regatas e vestidos cavados são parte
importante do guarda-roupa. Mas de nada adianta um figurino fresquinho se você
não se sentir à vontade em exibir suas axilas, não é mesmo? Uma das principais
causas do constrangimento, especialmente entre mulheres, são as manchas
escurecidas embaixo do braço. A hipercromia – o nome técnico do problema – tem
diferentes causas, mas a mais comum é o atrito constante.
Assim como a virilha, trata-se de
uma área intertriginosa (ou seja, entre dobras), onde o contato com a própria
pele e com o tecido das roupas pode levar a um quadro alérgico e,
consequentemente, ao surgimento de manchas. Outros fatores que podem
desencadear as temíveis axilas escuras são:
- Foliculites: as inflamações nos folículos plilosos – onde os pelos nascem – podem ser causadas por bactérias, fungos e até mesmo por pelos encravados, e atingem principalmente o couro cabeludo, axilas, coxas e virilhas. Trata-se de um problema de fácil tratamento, mas o processo inflamatório pode ter como consequência o escurecimento da área.
- Fatores genéticos: embora ninguém esteja livre da hipercromia, algumas pessoas têm maior disposição genética para desenvolver o problema. Negros e orientais, em geral, podem apresentar maior disposição para o surgimento de manchas escuras na pele.
- Depilação: cera quente e lâminas de barbear são grandes vilões para quem costuma sofrer com a hipercromia. É que esses métodos de remoção dos pelos podem causar pequenas lesões que, durante o processo de cicatrização, resultam em manchas.
- Tecidos sintéticos: já sabemos que o atrito é uma das principais causas das axilas escuras, e nada pior que fibras que não deixam a pele “respirar” para agravar o quadro. Por isso, sempre que possível, dê preferência a peças de algodão, linho ou seda. Blusas com mangas muito apertadas também devem ser evitadas.
Manchas nas axilas causadas por
desodorante?
Produtos que contenham álcool,
parabenos e corantes em sua fórmula podem desencadear processos alérgicos,
levando ao aparecimento de manchas no longo prazo. “Primeiramente acontece um
eczema de contato e, como consequência, é possível que haja a hipercromia
residual”, explica Rosanna Nocito, dermatologista do Hospital São Luiz Unidades
Itaim e Morumbi, da Rede D’Or.
Por isso, explica ela,
desodorantes sem fragrâncias são os mais indicados para quem apresenta
hipersensibilidade. A dica vale também para lenços umedecidos, cremes e outros
produtos com perfume. A higienização diária com água e sabão neutro, ressalta a
médica, também é fundamental.
“O acúmulo de bactérias no local pode predispor a
um quadro de inflamação que, dependendo da gravidade leva a um derrame de
pigmento melânico na derme, ou seja, as manchas”, afirma. Vale lembrar que já
existem antitranspirantes com hidratante na fórmula, que ajudam a prevenir
manchas. Em casos mais extremos, um desodorante prescrito pelo dermatologista
pode ser a melhor saída – por isso vale a dica de sempre procurar orientação
especializada.
Tratamento para axilas escuras
Embora a internet esteja cheia de
receitas milagrosas para resolver o problema, atenção: muitos ingredientes não
apenas não funcionam, como podem agravar o quadro. É o caso do vinagre, que
irrita a pele, e do limão, que pode causar queimaduras graves. O bicarbonato de
sódio, curinga de muitas das preparações feitas em casa, também deve ser usado
com cautela. “Ele muda o pH da pele, aumentando o risco de alergia e eczema de
contato”, afirma Rosanna.
Se quiser recorrer à despensa,
aposte em chá de camomila, aloe vera e amido de milho, substâncias calmantes
que dão uma sensação instantânea de frescor. A pasta d’água (aquela mesma, dos
tempos da vovó) tem em sua composição o óxido de zinco, que também pode ajudar
a acalmar a pele. Nenhum desses produtos, no entanto, tem o poder de clarear as
manchas.
O tratamento da pele das axilas
escuras normalmente passa por clareamentos despigmentantes – às vezes
associados ao uso de ácidos – e pelos peelings.
Mas a escolha do melhor método
depende do grau de pigmentação da pele, das causas das manchas e de sua
duração. Por isso, a dica é esquecer o dr. Google e procurar um dermatologista
antes de iniciar qualquer procedimento.
Fonte: MdeMulher