segunda-feira, 28 de novembro de 2022

O que é infertilidade?

Infertilidade é a incapacidade de engravidar após tentar uma gestação durante o período de pelo menos um ano, tendo relações sexuais com frequência e sem o uso de preservativos ou outros métodos anticoncepcionais.

De modo geral, recomenda-se que os casais que tentam engravidar, chamados também de “tentantes”, esperem um determinado período antes de buscar ajuda médica, já que é normal que haja uma certa janela de tempo até que a reprodução possa acontecer nos casos de uma gravidez desejada.

Em média, até os 35 anos de idade, as chances de uma paciente do sexo feminino engravidar fica em cerca de 25%, sendo que essa taxa cai, conforme a paciente envelhece.

A infertilidade masculina é a que acomete o paciente do sexo masculino e a infertilidade feminina é a que acomete a paciente do sexo feminino. Ela também pode ser combinada, quando ambos os componentes do casal apresentam algum tipo de dificuldade para engravidar.

A infertilidade pode ser primária, quando os integrantes do casal nunca tiveram uma gestação anterior, ou pode ser secundária, quando um deles (ou ambos) já tiveram filhos antes dessa tentativa.

Quais são as causas da infertilidade?

Uma das principais causas, capaz de afetar pacientes de ambos os sexos, e que vem se tornando cada vez mais comum, com as famílias se constituindo mais tardiamente, é o envelhecimento. Os gametas (óvulos e espermatozoides) envelhecem e acabam apresentando mudanças que podem dificultar a gravidez ou a manutenção dela até o final.

Entre as causas comuns de infertilidade feminina, podemos destacar:

  • mudanças nas texturas do interior do útero da paciente, como endometriose e adenomiose;
  • mudanças no formato do útero, como útero bicorno ou útero septado e presença de pólipos uterinos;
  • problemas nas tubas uterinas, como inflamação nas tubas (salpingite), além de obstruções nas tubas uterinas, que podem ficar colapsadas, impedindo que o óvulo chegue até o útero;
  • problemas relacionados a ovulação;
  • síndrome dos ovários policísticos;
  • menopausa precoce;
  • problemas de tireoide: hipotireoidismo ou hipertireoidismo.

Já as causas comuns de infertilidade masculina incluem:

  • problemas de ejaculação, como ejaculação retrógrada;
  • pouca mobilidade dos espermatozoides;
  • infecções no aparelho reprodutor (como caxumba, prostatites e uretrites);
  • alterações hormonais;
  • varicocele;
  • insuficiência testicular;
  • alterações anatômicas.

É importante ressaltar que é relativamente comum que os problemas de infertilidade sejam associados em um mesmo casal. Por exemplo, a paciente pode ter síndrome dos ovários policísticos e o paciente pode ter varicocele ou outros problemas.

De modo geral, a infertilidade é uma condição multifatorial, em que inúmeras variáveis estão em cena e precisam ser investigadas a fundo.


Quais são os sintomas de infertilidade?

O principal sintoma de infertilidade é a dificuldade de ter uma gestação após um período de pelo menos um ano, tendo relações sexuais frequentes e sem o uso de métodos anticoncepcionais.

No entanto, a infertilidade também pode ser a dificuldade de manter uma gestação até o final, apresentando abortos espontâneos antes que o feto termine de se formar.

É importante ressaltar que não é um sinônimo de esterilidade, quando o paciente realmente não consegue conceber. De modo geral, a infertilidade é apenas a dificuldade de engravidar e não a incapacidade de fazê-lo.


Como é o tratamento de infertilidade?

O tratamento de infertilidade depende diretamente das suas causas.

Em alguns casos, somente o paciente do sexo feminino ou masculino será tratado para resolver a infertilidade, mas é comum que os dois integrantes do casal tenham que realizar tratamentos ou alterações em seu cotidiano (como perder peso ou mudar os hábitos alimentares) para ajudar a aumentar as chances de gestação.

Em alguns casos, a infertilidade é tratada com medicamentos que ajudam a regular o funcionamento dos hormônios ou por meio da realização de procedimentos cirúrgicos para corrigir alterações anatômicas e ajudar a aumentar as chances, não só de ter uma gestação, mas de mantê-la até o final.

Por fim, uma vez que a infertilidade não é sinônimo de esterilidade, novas técnicas médicas podem ser empregadas para auxiliar o casal a ter e a manter uma gestação. 

É o caso, por exemplo, da fertilização in vitro, em que a união do óvulo com o espermatozoide é feita em laboratório e o embrião obtido é inserido no útero preparado da mãe, para facilitar o processo.


Fonte: Rede D'Or